quarta-feira, 10 de novembro de 2010


Manhãs preguiçosas acolhem-me como fios fortes que atravessam e rasgam as esquinas do tempo. Afagos na nuca como anjos de paz na volúpia do vento sem destino. Alegras-me. Acalmas-me. Suavizas-me as noites de memória adormecida. Olho-te de soslaio e sinto-te os dedos como se fossem maçãs de outono, pardais incrédulos que o meu coração abarca, concretos créditos na razão da vida onde te toco os olhos até à sombra no aquário da alma. Reitero, o teu sorriso é o prolongamento da alma ornamentando as horas. Ouço o vento a uivar e espero a visita do sol.

Zé Afonso

5 comentários:

Anónimo disse...

"Vivo entre as memórias e o sonho
Num mundo paralelo à realidade
Onde tudo é tão fantástico e medonho
Bom demais até p'ra ser verdade"

Entrei sem destino e perdi-me.
PS: espero que o sol te visite.

Anónimo disse...

Hum, isto é uma iguaria para poucos!

Vieira MCM disse...

Sabe-me sempre bem passar por aqui, gosto imenso do que escreve, faz bem à alma. Obrigado por partilhar.

Abraço

Vieira MCM

Virgínia do Carmo disse...

Há momentos que merecem palavras assim...

Um abraço

(grata por seguir a minha poesia)

alma nua disse...

Também espero a visita do sol nestas manhãs frias!
Adoro ler-te,
as tuas "quentinhas" palavras servem-me de consolo!

Beijo