sábado, 27 de novembro de 2010

As incontáveis horas passando com a deriva
atenta das monções
serás tu a estrela da tarde que o luar amanhece?
Quem sabe a lua perfeita?
Ou então um sol radiante, que ilumina e aquece?
Ai o sol! Esse vai declinando no meu dia.
Visto me e pareço nu,

sorrio mas é só uma farsa do meu corpo desatento,
alimento me porque me obrigam a cumprir horários…
Este meu viver sem norte, sem coordenadas,
procura a atenção da rosa dos ventos,
para que não se perca no mapa da vida
onde as mãos querem ser pássaros e voar até à lua…
E mesmo de olhos fechados
abrir te ei os braços!

Zé Afonso
(agradecimento à gentileza do José Sousa em me incluir no cenário)

7 comentários:

Fogo e Noite disse...

"Tu já me arrumaste no armário dos restos
eu já te guardei na gaveta dos corpos perdidos
e das nossas memórias começamos a varrer
as pequenas gotas de felicidade
que já fomos.
Mas no tempo subjectivo
tu és ainda o meu relógio de vento
a minha máquina aceleradora de sangue
e por quanto tempo ainda
as minhas mãos serão para ti
o nocturno passeio do gato no telhado?"

Isabel Meyrelles

Não sou a tua estrela da tarde, nem a lua perfeita, nem o sol que te ilumina e aquece, sou apenas tua amiga e sinto muitas saudades de ti ;)

Virgínia do Carmo disse...

Talvez o norte não nos pertença. Talvez devêssemos desistir do norte - Desistir de dividir a vida por pontos cardeais.

Um abraço

Vieira MCM disse...

É decerto a estrela que brilha e o inspira, envolvendo-o na luz misteriosa do luar e o faz brotar estas maravilhosas palavras com que nos embala.

Gosto imenso dos seus textos.

Abraço

Vieira MCM

alma nua disse...

Quem me dera esse tal "sol radiante que ilumina e aquece"!
Muito belo!
Beijo e já agora um excelente e inspirado ano!

Anónimo disse...

ui,lindo demais

Tânia disse...

Que bonitos textos escreve. Este é mesmo muito bom.
O luar que nos inspira, às vezes, está dentro de nós à espera de ser descoberto.

Um Abraço.

Anónimo disse...

http://www.youtube.com/watch?v=eJkPM5z7S9k&feature=player_embedded
;)