quarta-feira, 11 de agosto de 2010

no relógio do tempo
passos incertos
certos cegos de noite
entre o desejo de ser
e a certeza plena de parecer um rio que atravessa a vida
na desordem do silêncio
pálidas pegadas pelo chão dos sonhos
sonolentas vertigens molduras de nós
sobre as minhas mãos trémulas
transparências de ternura
desfolham bússolas em seios nus
ultimo caminho arado das searas
sementes perdidas de corpos entrelaçados
almas pequeninas miúdas e fugazes
nem sei se te amo...ainda
ou se apenas te (re)invento


Zé Afonso

5 comentários:

yin disse...

pois ... tudo acaba ... ficam as tatuagens

Anónimo disse...

Perdi-me nestas palvras com alma, mas reencontrei a Luz neste "Pharus del Mare"!

"Mas onde tudo morre tudo pode renascer"

Adorei o teu blog, voltarei...

:)

alma nua disse...

Quisera eu perder-me na "na desordem do silêncio"! Muito bom ler-te!
Beijo

Anónimo disse...

maninho

eu sei que este teu cantinho parece mesmo uma bússola de palavras, por isso gosto tanto de te ler!
Já agora por falar em bússola...não te esqueças de visitar-me! Rsss
bjo grande

Mariana disse...

tempo...volta para trás...

Lindo e profundo o poema...bjinho grande e continua s.f.f
bjinho grande no teu coração.