Ali,
onde encerramos os mistérios,
a água fustiga as pedras
e nas margens do rio
o teu rosto
assombra-me a memória
da noite escura
como ternura de carícias.
Vejo me obcecado
pelos teus segredos,
mas por mera solenidade
olho-te apenas os olhos
embora quisesse entrar em ti
crivar-te os dentes
e apoderar-me da tua alma
sentidos tronco e membros.
Olhar-te e beijar-te a
sombra desse teu corpo
rumo que me mata.
Ali,
ali mesmo onde o vento
conhece o seu destino,
mas as marés desconhecem o seu rumo.
Zé Afonso
onde encerramos os mistérios,
a água fustiga as pedras
e nas margens do rio
o teu rosto
assombra-me a memória
da noite escura
como ternura de carícias.
Vejo me obcecado
pelos teus segredos,
mas por mera solenidade
olho-te apenas os olhos
embora quisesse entrar em ti
crivar-te os dentes
e apoderar-me da tua alma
sentidos tronco e membros.
Olhar-te e beijar-te a
sombra desse teu corpo
rumo que me mata.
Ali,
ali mesmo onde o vento
conhece o seu destino,
mas as marés desconhecem o seu rumo.
Zé Afonso
3 comentários:
as sombras da noite = dos mistérios = dos desconhecidos caminhos marítimos
abraços
Jefferson
palavras sentidas com a alma.
Queria essa lua,comigo,toda as noites da minha vida!
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