quinta-feira, 14 de janeiro de 2010


6 comentários:

Anónimo disse...

Não falei contigo com medo que os montes e vales que me achas, caíssem a teus pés. Acredito e entendo que a estabilidade lógica
de quem não quer explodir faça bem ao escudo que és.
Saudade é o ar, que vou sugando e aceitando, como fruto de Verão, nos jardins do teu beijo. Mas sinto que sabes que sentes também, que num dia maior serás trapézio sem rede, a pairar sobre o mundo, em tudo o que vejo.
É que hoje acordei e lembrei-me, que sou mago feiticeiro e que a minha bola de cristal é folha de papel e nela te pinto nua; nua, numa chama minha e tua.
Desconfio que ainda não reparaste que o teu destino foi inventado, por gira-discos estragados,aos quais te vais moldando. E todo o teu planeamento estratégico, de sincronização do coração, são leis como paredes e tectos, cujos vidros vais pisando.
Anseio o dia em que acordares por cima de todos os teus números, raízes quadradas de somas subtraídas,sempre com a mesma solução.
Podias deixar de fazer da vida um ciclo vicioso, harmonioso ao teu gesto mimado e à palma da tua mão...
Desculpa se te fiz fogo e noite, sem pedir autorização por escrito, ao sindicato dos deuses, mas não fui eu que te escolhi. Desculpa se te usei, como refúgio dos meus sentidos, pedaço de silêncios perdidos, que voltei a encontrar em ti...
É que hoje acordei e lembrei-me:
Ainda magoas alguém...
Se não te deste a ninguém, magoaste alguém...
A mim... passou-me ao lado.

P.S Também-eu-hoje-me-perdi-nas-esquinas-das-horas...
A-mim-passou-me-ao-lado...
Vamos-crer-que-sim...

azul disse...

lindo..tão lindo..

Anónimo disse...

profundamente íntimo e belo!

Anónimo disse...

Só um gesto
Abre um sulco no frio
Rasga o fundo
Toca no abismo e no vazio
A luz da lua
Voa sem deixar nunca
De sentir o chão
E desfaz a sombra
Que esconde o que resta
De algum sonho vão

Tantos dias
Que pouco podem mudar
Quando os muros
Não deixam ver onde nasce o mar
A luz do mundo
Vem de dentro de quem se perde
Alguma vez
A luz da noite
Vem do fundo do olhar
De quem não a quer prender

Só tu sabes o que ainda te seduz
Só tu sentes o que poderá ser
Que te rasga, que te acende
E desata o nó
Para te deixar correr
Para te deixar correr
Para te deixar correr

Os mundos
Que se escondem em ti
Vagabundos
Que tu não deixas nunca partir
Sair do labirinto
Escapar às emboscadas da razão
Sentir bater o vento
E andar na corda bamba da solidão

Só tu sabes o que ainda te seduz
Só tu sentes o que poderá ser
Que te rasga, que te acende
E desata o nó
Para te deixar correr
Para te deixar correr
Para te deixar correr

...;)

Anónimo disse...

o meu preferido...!

Anónimo disse...

Os poemas aqui encontrados fazem-nos perder o tino da alma e, ao mesmo tempo, obrigam-nos a fazer uma profunda reflexão sobre a vida e a importância dos sentimentos em meio a um turbilhão de acontecimentos nefastos! Que belo seria este nosso mundo se todos nós tivessemos alma e sensibilidades de poeta!
Bem hajas!