
quebrando a rotação da terra
bebo-te pelas palavras e as consoantes
distantes do mundo maravilhado de luas floridas
árvores de contas no cantinho do jardim dos verbos por começar
onde meninos de sorrisos à espreita fazem novas conjunções
supostas promessas ao deus do sol
para que o inverno cruel não nos adoeça os ossos do coração
e nos plante veias de coragem nas cearas dos olhos
certezas evidentes do apressado sangue a pulsar-nos a respiração
segredos desnudos de mais um dia.
Zé Afonso
4 comentários:
Apetece-me apenas dizer, em jeito de prece, que o inverno cruel não nos adoeça os ossos do coração.
Belíssimo.
Um grande beijinho Zé, e votos de um excelente Natal
dos meus olhos as cearas perderam-se nos teus versos, numm enlevo de terna contemplação. palavras sempre doces e sábias a formarem Poemas bons de ler e reler vezes sem conta...
já falatavas :)
beijinhos Zé
Dia 30 de janeiro tenho parte deste texto na minha agenda a marcar a presença de um amor que mudou a minha vida...hoje a palavra que me dita a vida talvez seja profundidade, profundo o amor que nasceu em mim, o mais profundo que poderia ter desejado, profundos os dias que marcaram os laços que nos uniram as mãos em dias de luz, profunda a dor de ter de abandonar esse amor e profunda a dor da tua ausênia, sempre desde o dia 27 de novembro....agora é Natal e só te quero deixar um fio de carinho para adornares o teu dia...não te percas, segue o teu caminho, com novas conjuções felizes, todos os corredores são demasiado compridos, abre a porta certa e que a vida venha sorrinte no novo ano, na tua nova vida...
feliz natal,abraço de mar...
Belo cântico ao "deus sol".
Abraços
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