
Palpo esta doce realidade nos ponteiros do marcador do tempo - estações perfeitas que ilustram madrugadas de hálitos doces como bolos de arroz em mãos de menina, cópias insanas no olhar da alma, brasa que nos aquece este momento extasiado de luz luar. Labuta em nós de dedos nos seios dos sentidos, esconderijos distraídos nos faróis do caminho onde de mãos dadas chegamos ao sol e, de pé em pé pelas escorregadias pedras da praia alcanço horizontes azuis no desenho das tuas costas, alegria de giz a pintar docilidades no aconchego do teu colo de moinhos arrastados no movimento das marés.
Zé Afonso
Zé Afonso
8 comentários:
Meu caro Zé Afonso
Antes de qualquer discurso, quero dizer-te que escreves com a verdadeira alma de um poeta, mesmo sabendo de ante-mão que não o és, ou pelo menos, não te intitulas poeta! VIVA, este teu blogue é de profunda sabedoria e reconhecimento do verdadeiro cerne da escrita. Bem hajas!
Grande abraço,
Emílio Gonçalves
Doce. Muito doce.
Bendito homem que assim escreve. Eu fico por aqui "a pintar docilidades" neste espaço de encanto e que na "labuta em nós de dedos" nunca te falte inspiração.
Um abraço ;)
Fantástico. Gosto imenso da maneira como escreve.
Fantástico. Adoro a maneira como escreve.
Maravilhoso texto que nos eleva a consciencia a patamares onde a alma se perde e o tempo voa.
Apetece dizer: as gaivotas falam desse amor.
Abraço
Vieira MCM
"Nos ponteiros do marcador do tempo" andei desaparecida por motivos de saúde,mas agora já estou nova em folha e cá vim espreitar à tua esquina...e ver o movimento das marés! Como é bom ler-te!
Beijo
Uma urgência doce, doce...
Li várias vezes e só agora comentei. Pareceu-me mais urgente agora. Mas ainda doce. Mais, sim?
Beijinho
Rosário
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