tag:blogger.com,1999:blog-81900971485886931562024-03-16T14:28:37.023+00:00Pharus del mare...a essência da alma...Zé Afonsohttp://www.blogger.com/profile/16289702677140855727noreply@blogger.comBlogger41125tag:blogger.com,1999:blog-8190097148588693156.post-26052131460288532842011-12-15T13:56:00.002+00:002011-12-15T14:05:43.086+00:00<a href="http://2.bp.blogspot.com/-cfXcYw6EEZY/Tun8wxWDyDI/AAAAAAAAAq0/kImR4PWgXYM/s1600/135.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5686353919341742130" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; CURSOR: hand; HEIGHT: 270px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://2.bp.blogspot.com/-cfXcYw6EEZY/Tun8wxWDyDI/AAAAAAAAAq0/kImR4PWgXYM/s400/135.jpg" border="0" /></a> <span style="font-family:arial;">pelos cantos do sol tenho a certeza do traço de luz no teu rosto</span><br /><span style="font-family:Arial;">quebrando a rotação da terra</span><br /><span style="font-family:Arial;"></span><br /><span style="font-family:Arial;">bebo-te pelas palavras e as consoantes</span><br /><span style="font-family:Arial;"></span><br /><span style="font-family:Arial;">distantes do mundo maravilhado de luas floridas</span><br /><span style="font-family:Arial;">árvores de contas no cantinho do jardim dos verbos por começar</span><br /><span style="font-family:Arial;">onde meninos de sorrisos à espreita fazem novas conjunções</span><br /><span style="font-family:Arial;">supostas promessas ao deus do sol</span><br /><span style="font-family:Arial;">para que o inverno cruel não nos adoeça os ossos do coração</span><br /><span style="font-family:Arial;">e nos plante veias de coragem nas cearas dos olhos</span><br /><span style="font-family:Arial;">certezas evidentes do apressado sangue a pulsar-nos a respiração</span><br /><span style="font-family:Arial;">segredos desnudos de mais um dia.</span><br /><span style="font-family:Arial;"></span><br /><span style="font-family:Arial;">Zé Afonso</span>Zé Afonsohttp://www.blogger.com/profile/16289702677140855727noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-8190097148588693156.post-69056446459260642892011-09-15T14:28:00.003+01:002011-09-15T15:01:12.760+01:00<a href="http://3.bp.blogspot.com/-TZADXbatgIM/TnIExsRs1cI/AAAAAAAAAqI/tYoY51bGpnw/s1600/130.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; DISPLAY: block; HEIGHT: 297px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5652585734048896450" border="0" alt="" src="http://3.bp.blogspot.com/-TZADXbatgIM/TnIExsRs1cI/AAAAAAAAAqI/tYoY51bGpnw/s400/130.jpg" /></a> <span style="font-family:arial;">Se pudesse seria um pássaro a rondar campos de feno com cheiro de outono à porta revestido de folhas ultra coloridas a denunciarem mais uma passagem no calendário do tempo dos homens desavisados de relógio, mas com os sentidos na boca da alma.<br /><br />Se pudesse seria apenas o vento nas eiras a espreitar segredos e a deixar rastros de sol nas mãos daqueles que nos querem bem e dos outros também.<br /><br />Se pudesse seria os derradeiros tons de verão, ora quentes ora amenos que nos acenam com os olhos como se quisessem dizer adeus.<br /><br />Se pudesse seria uma mera gota no deserto das palavras infindáveis que nos fertilizam a imaginação e que languidamente nos empurram para mais uma estação onde árvores despidas nos abraçam em silêncio.<br /><br />Zé Afonso</span>Zé Afonsohttp://www.blogger.com/profile/16289702677140855727noreply@blogger.com12tag:blogger.com,1999:blog-8190097148588693156.post-80017257041097062722011-08-30T23:34:00.001+01:002011-08-31T17:22:00.244+01:00<a href="http://2.bp.blogspot.com/-w1YslXeG55U/Tl1lpf-ZSII/AAAAAAAAAqA/YvTOMMeyPBs/s1600/150.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; DISPLAY: block; HEIGHT: 324px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5646781271424714882" border="0" alt="" src="http://2.bp.blogspot.com/-w1YslXeG55U/Tl1lpf-ZSII/AAAAAAAAAqA/YvTOMMeyPBs/s400/150.jpg" /></a><span style="font-family:arial;">iluminada junção de incríveis momentos que nos ruborizam a face no perpétuo movimento da bailarina das flores perante o estonteante sol de agosto que nos fustiga a pele em suspiros desconcertantes como voos invisíveis no inviolável tempero dos segundos a pular ondas com delicados contornos corporais, risos atordoados de um alegre palhaço em telas coloridas de incógnitas palavras de silêncio, ora gritantes ora melancólicas e vagarosas como grãos de areia cobertos pela espuma do mar no palco dos instantes pintados de conteúdo essência de tudo aquilo que nos faz bem e nos alegra como sopros de gargalhadas colhidas antes do amanhecer de mais um dia.</span>
<br /><span style="font-family:Arial;"></span>
<br /><span style="font-family:Arial;">Zé Afonso</span>
<br />Zé Afonsohttp://www.blogger.com/profile/16289702677140855727noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-8190097148588693156.post-20365230868596650712011-06-29T00:46:00.004+01:002011-06-29T01:09:40.620+01:00<a href="http://4.bp.blogspot.com/-eiXPS7JgQPk/TgpoaOonFfI/AAAAAAAAAp4/7PrWSiza7Mc/s1600/DSCN0915.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; DISPLAY: block; HEIGHT: 300px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5623421884539803122" border="0" alt="" src="http://4.bp.blogspot.com/-eiXPS7JgQPk/TgpoaOonFfI/AAAAAAAAAp4/7PrWSiza7Mc/s400/DSCN0915.jpg" /></a><span style="font-family:arial;">flores de verão no soslaio das manhãs desertas de junho<br />oceano hipnose de liberdade na direcção azul do céu<br /><br />adivinho a dentada nas palavras como dedos a partilhar a morna pele<br /><br />inconscientemente corro os olhos pelos socalcos do caminho<br />rumo ao sol que me trucida com sensações preenchidas de toques e tonteantes palpitares no canino cio cheiro de terra quente enfeitada de odores<br />desalinhados deleites deste ponto cardeal desmaiado de tempo como navalhas no sentido torto das palavras </span><br /><span style="font-family:arial;"><br />agora que o verão quase me destapa os sentidos da vida relembro curiosamente os teus pés descalços na minha secreta caixinha de música<br />sei de antemão que me pertences com feitiços repletos de cerejas na gaiola dos dias desamparados de rosa dos ventos<br />Norte Sul Este Oeste para contemplar o sol de frente pra vida e com punhados de esperança nas algibeiras da alma<br /><br />armadilhas de cegos segredos nos braços de mais um dia<br />certezas concretas de olhares fugazes na varanda colorida de sentidos<br />baloiço de penas rumo ao céu onde gaivotas felizes nos dão acenos alaranjados e beijos de sol<br />alegrias bem vindas e histórias para dormir ao sabor do mar<br />em noites claras de fogos de artificio<br /><br />Zé Afonso</span>Zé Afonsohttp://www.blogger.com/profile/16289702677140855727noreply@blogger.com7tag:blogger.com,1999:blog-8190097148588693156.post-23076157488127144302011-06-01T19:45:00.008+01:002011-06-18T16:16:30.560+01:00<a href="http://1.bp.blogspot.com/-nvwphF8qidM/TeaJMtW2fEI/AAAAAAAAApk/BdmakklpFjM/s1600/130.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; DISPLAY: block; HEIGHT: 267px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5613324836990778434" border="0" alt="" src="http://1.bp.blogspot.com/-nvwphF8qidM/TeaJMtW2fEI/AAAAAAAAApk/BdmakklpFjM/s400/130.jpg" /></a><span style="font-family:arial;"></span> <span style="font-family:arial;">Se me tocas as pálpebras eu escondo me em bolsos alheios de conchas do mar ou na cama que fizemos entre os sonhos nas monções das macias palavras que se apegam à alma como lesmas delirantes à procura de açúcar.</span><span style="font-family:arial;"><br /><br />Se me tocas as pálpebras, devidamente castigadas de cansaço, eu escondo me a decifrar segredos escondidos nos castos nós dos dedos enquanto adivinho confidências na lua com acenos de trapezista tatuados nas inquietantes gargalhadas ocres das flores ou nas profundezas do gesto que teimo em perseguir no torpor das noites oleadas de perdição.<br /></span><span style="font-family:arial;"><br />Se me tocas as pálpebras eu desfaço-me em chuva de alegrias e em acelerados tic tacs do meu leviano relógio de pulso que descaradamente mostra me o descortinar insólito de mais um dia a descer dos céus como nuvens de açafrão.<br /><br />Se me tocas as pálpebras? Juro, não resisto nisto que insisto!<br /><br />Zé Afonso</span>Zé Afonsohttp://www.blogger.com/profile/16289702677140855727noreply@blogger.com9tag:blogger.com,1999:blog-8190097148588693156.post-44864032892062117492011-05-09T19:18:00.002+01:002011-05-09T19:30:29.719+01:00<a href="http://3.bp.blogspot.com/-zTOypKvBw08/TcgwOXgXRKI/AAAAAAAAApc/j6wr5dL8Dcg/s1600/155.bmp"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; DISPLAY: block; HEIGHT: 272px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5604782759648642210" border="0" alt="" src="http://3.bp.blogspot.com/-zTOypKvBw08/TcgwOXgXRKI/AAAAAAAAApc/j6wr5dL8Dcg/s400/155.bmp" /></a><span style="font-family:arial;">Sentidos de vozes espalhadas nas searas da pele que juro saber de cor. Pequenos infinitos que nos dão eternos significados. Singelos, mas verdadeiros beliscões nos seres desavisados e repletos de vontade. Palpitantes cantos aconchegos refúgios em tábuas rasas: identidades reflexos de cordões umbilicais, placentas transcendentes de calor.<br />O infinito espreita-me à esquina das palavras, na varanda do coração</span><br /><span style="font-family:arial;"><br />o infinito aparece-me assim<br />sem tamanho<br />sem documento<br />sem aviso<br />sem bater à porta e também sem gritar da janela que as coisas da alma não se medem: cultivam-se.</span><br /><span style="font-family:arial;"><br />Medidas exactas que querem SER<br />Ser para Sempre em sorrisos sinceros nas fruteiras dos dias colhidos ao acaso<br />múltiplas essências de vida<br />infinitos lugares sem razão, mas com sentidos desmesurados desta minha nossa imensa partilha de compartilhar instantes multiplicados ao expoente máximo de tantos poentes nascentes ora no mar ora no topo das montanhas, quiçá na lua<br />polposas certezas costuradas a saliva na sala dos espelhos, reflexos coloridos da alma<br />olhar de quem olha por nós e para nós com meigos gestos e delicadezas nos olhos<br />intimidades de retratos a preto e branco estendidos no chão<br />não sou dono das verdades absolutas, mas quero guardar a relevância superlativa deste momento e afirmar que o amor alimenta a alma e que para meio entendedor uma boa palavra basta: realmente é a caminhar que se constrói o caminho! </span><br /><span style="font-family:arial;"></span><br /><span style="font-family:arial;">Zé Afonso</span>Zé Afonsohttp://www.blogger.com/profile/16289702677140855727noreply@blogger.com10tag:blogger.com,1999:blog-8190097148588693156.post-36941054996448214382011-04-18T21:34:00.004+01:002011-04-18T22:22:21.258+01:00<a href="http://1.bp.blogspot.com/-1K7D1oeoWXo/TayqrhIwVlI/AAAAAAAAApU/97zaWT_gFrY/s1600/052.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; DISPLAY: block; HEIGHT: 300px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5597036101520873042" border="0" alt="" src="http://1.bp.blogspot.com/-1K7D1oeoWXo/TayqrhIwVlI/AAAAAAAAApU/97zaWT_gFrY/s400/052.jpg" /></a> <br /><div><a href="http://2.bp.blogspot.com/-5kmknKhNBzw/TayhynJ9bVI/AAAAAAAAApM/3XMOrWRnQHk/s1600/Img0025.jpg"></a><br /><div align="left"><span style="font-family:arial;">Os meus lábios habitam-te a pele<br /><br />morada quente dos sentidos na poeira das horas sem cronologia <br />saliva de luz nas capas da epiderme entre as loucuras sensatas da primavera em flor<br />desfloradas margaridas embaladas pelo vento esquecido de outras estações <br />onde o sol matreiro repentinamente fez a sua casa e descansou <br />descansou profundamente como se nada mais houvesse no desconcerto da alma <br />além do azul do mar e do cheiro adocicado das montanhas coloridas <br />amparos discretos de corpos deitados na erva de orvalho perdidos entre olmos de risos e dedos nas pálpebras de vagos sonhos colados na pele <br /><br />inquietantes instantes de afagos no coração <br /><br />Zé Afonso</span></div></div>Zé Afonsohttp://www.blogger.com/profile/16289702677140855727noreply@blogger.com7tag:blogger.com,1999:blog-8190097148588693156.post-8111489712498394882011-03-30T15:23:00.006+01:002011-03-30T15:41:40.517+01:00<a href="http://4.bp.blogspot.com/-nA_bxMvpUMU/TZM9HL5iaCI/AAAAAAAAApE/tCwI8zNqBbo/s1600/101.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5589878756159416354" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; CURSOR: hand; HEIGHT: 300px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://4.bp.blogspot.com/-nA_bxMvpUMU/TZM9HL5iaCI/AAAAAAAAApE/tCwI8zNqBbo/s400/101.jpg" border="0" /></a> <br /><div><span style="font-family:arial;">assalto te a alma com mãos de aprendiz <br />onde te beijo os seios com os olhos enquanto o teu sorriso me desperta o sono e nos aglutina em momentos esquecidos nos ponteiros incertos do relógio <br />inicio dos tempos a colher olhares distraídos nos corpos suados de ponderados instantes nus onde te penetro com o cio ansioso das vontades <br />fúria cruel de tantas outras paragens na desordem das horas <br /><br />ventres desvairados de encontro ao espelho <br /><br />no planar bordado das aves pelo céu colorindo encantos cadentes perfumados <br />passos desgrenhados sobre a casa do teu corpo despido para lá do espanto <br />escancarada penumbra desalinhada dos lençóis a contemplar as tuas pernas de risos cativos <br />abrigo de nós na garganta abreviando silêncios <br />pedaços egoístas à medida dos sonhos misturados nos lábios subitamente exilados <br />na fuga das incontáveis noites de arrepios de hálitos quentes e cegos dentes na pele de aconchegos <br /><br />expulsos de nós mesmos e perdidos nos odores assanhados das almofadas <br />onde juntos, em espanto, conhecemos o verdadeiro azul do mar <br /><br />Zé Afonso</span> </div>Zé Afonsohttp://www.blogger.com/profile/16289702677140855727noreply@blogger.com7tag:blogger.com,1999:blog-8190097148588693156.post-81262498543080818142011-03-10T12:05:00.006+00:002011-03-10T12:18:26.503+00:00<a href="http://3.bp.blogspot.com/-TMifHVJdrXw/TXjA8G7Y_pI/AAAAAAAAAoc/gdoKjZU-pZ8/s1600/rio.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5582423877010128530" style="WIDTH: 400px; CURSOR: hand; HEIGHT: 250px" alt="" src="http://3.bp.blogspot.com/-TMifHVJdrXw/TXjA8G7Y_pI/AAAAAAAAAoc/gdoKjZU-pZ8/s400/rio.jpg" border="0" /></a><br /><div><span style="font-family:arial;"></span> </div><div><span style="font-family:arial;">Tangentes gemidos mudos no delírio profano das palavras</span><br /><span style="font-family:arial;">fragilidade de mãos em pétalas de chuva adornadas de sol</span></div><div><span style="font-family:arial;">memória a mapear-me os olhos e a conduzir-me pelo braço,</span></div><div><span style="font-family:arial;">algodão nos bolsos de silêncios à janela</span></div><div><span style="font-family:arial;">cortinas de olhos costuradas de pequenas gentilezas fugazes</span></div><div><span style="font-family:arial;">delírios de batimentos cardíacos na imensidão palpável das tuas complexas avenidas</span></div><div><span style="font-family:arial;">estranhos encontros da alegria perante a extenuante velocidade da vida</span></div><div><span style="font-family:arial;">folhas desdobram-se em acto de contrição com enfeites de flor nos girassóis dos imensos sorrisos</span></div><div><span style="font-family:arial;">recíprocos momentos a sós onde (te) reinvento invento no irreparável mundo dos contrariados sentidos</span></div><div><span style="font-family:arial;">consciente preambular entre as teias da verdade e a complacente virtude de olhar o mar com o coração nos olhos</span></div><div><span style="font-family:arial;">um córrego apressado na opressão do meu pulsar e eu um anarquista do teu inebriante sorriso</span></div><div><span style="font-family:arial;">E se te inventasse? E se nos inventasse (mos) aqui onde as mãos querem ser braços abraços</span></div><div><span style="font-family:arial;">e os olhos delicadas flores para adornar te o cabelo com sopros de alma.</span></div><div><br /></div><div><span style="font-family:arial;">Zé Afonso</span></div>Zé Afonsohttp://www.blogger.com/profile/16289702677140855727noreply@blogger.com10tag:blogger.com,1999:blog-8190097148588693156.post-27138164756859463612011-02-12T11:19:00.007+00:002011-02-12T11:36:09.036+00:00<div align="center"><a href="http://1.bp.blogspot.com/-X6BPnCMCnPo/TVZv41RZCqI/AAAAAAAAAh8/wner2XGc7lk/s1600/p.........jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; DISPLAY: block; HEIGHT: 300px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5572764611080948386" border="0" alt="" src="http://1.bp.blogspot.com/-X6BPnCMCnPo/TVZv41RZCqI/AAAAAAAAAh8/wner2XGc7lk/s400/p.........jpg" /></a><span style="font-size:130%;"> *</span> <span style="font-family:arial;font-size:85%;">"onde termino sempre num mar de gaivotas no teu peito"<br /></span><br /><div align="center"></div><div align="left"><span style="font-family:arial;">Palpo esta doce realidade nos ponteiros do marcador do tempo - estações perfeitas que ilustram madrugadas de hálitos doces como bolos de arroz em mãos de menina, cópias insanas no olhar da alma, brasa que nos aquece este momento extasiado de luz luar. Labuta em nós de dedos nos seios dos sentidos, esconderijos distraídos nos faróis do caminho onde de mãos dadas chegamos ao sol e, de pé em pé pelas escorregadias pedras da praia alcanço horizontes azuis no desenho das tuas costas, alegria de giz a pintar docilidades no aconchego do teu colo de moinhos arrastados no movimento das marés.</span><br /><br /><span style="font-family:arial;">Zé Afonso</span> </div></div>Zé Afonsohttp://www.blogger.com/profile/16289702677140855727noreply@blogger.com8tag:blogger.com,1999:blog-8190097148588693156.post-26266699329287576732011-02-04T17:30:00.004+00:002011-02-04T17:51:17.359+00:00<div align="center"><a href="http://1.bp.blogspot.com/_SC4a7fZpkPk/TUw4ApSg1qI/AAAAAAAAAhI/6Xz0LvJX9qQ/s1600/mare%2Bnostrum.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; DISPLAY: block; HEIGHT: 299px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5569888422885119650" border="0" alt="" src="http://1.bp.blogspot.com/_SC4a7fZpkPk/TUw4ApSg1qI/AAAAAAAAAhI/6Xz0LvJX9qQ/s400/mare%2Bnostrum.jpg" /></a><span style="font-family:arial;">o sol de fevereiro invade-me aos gomos</span></div><div align="center"><span style="font-family:arial;">os dias parecem-me mais longos e mansos</span></div><div align="center"><span style="font-family:arial;">olho o mar e só vejo deliciosas certezas </span><span style="font-family:arial;">palpáveis do caminho a seguir</span></div><div align="center"><span style="font-family:arial;">trajectos e gestos de pétalas sem espinhos</span></div><div align="center"><span style="font-family:arial;">eu quero isto, ser apenas um paciente </span><span style="font-family:arial;">barquinho à deriva em contornos reais</span></div><div align="center"><span style="font-family:arial;">um ser sem conflitos e em paz nas teias da vida</span></div><div align="center"><span style="font-family:arial;"></span><br /></div><div align="center"><span style="font-family:arial;">pele que adivinha o toque dos teus dedos</span></div><div align="center"><span style="font-family:arial;">onde se constroem sábios ninhos alaranjados de sol</span></div><div align="center"><span style="font-family:arial;">de novo o mar a queimar-me as pestanas</span></div><div align="center"><span style="font-family:arial;">como beijos de vento caçados no teu sorriso</span></div><div align="center"><br /><span style="font-family:arial;"></span></div><div align="center"><span style="font-family:arial;">"quedo-me" por aqui se ficares comigo</span></div><div align="center"><span style="font-family:arial;">assim aninhados e em silêncio<br /></span></div><a href="http://4.bp.blogspot.com/_SC4a7fZpkPk/TUw34baEIeI/AAAAAAAAAhA/tIjZFAC5chE/s1600/mare%2Bnostrum.jpg"></a><div align="center"><span style="font-family:arial;"><br /></span></div><div align="center"><span style="font-family:arial;">Zé Afonso</span></div>Zé Afonsohttp://www.blogger.com/profile/16289702677140855727noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-8190097148588693156.post-61867676113585780682011-01-09T00:12:00.005+00:002011-01-09T12:24:50.518+00:00<a href="http://3.bp.blogspot.com/_SC4a7fZpkPk/TSj-theqhfI/AAAAAAAAAgw/4-cUvgI_ACY/s1600/121.bmp"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 345px; DISPLAY: block; HEIGHT: 225px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5559973798023431666" border="0" alt="" src="http://3.bp.blogspot.com/_SC4a7fZpkPk/TSj-theqhfI/AAAAAAAAAgw/4-cUvgI_ACY/s400/121.bmp" /></a><span style="font-family:arial;">No arco-íris das delicadezas, obsessivos passos na varanda da alma, distracção deste telhado que me protege da chuva e aquece a vida. Agora talvez quisesse ser um pássaro branco a atravessar o sol ou quem sabe quisesse apenas o teu sorriso a despertar-me o sono com beijos nas pálpebras - Certezas concretas transparentes e profundas de uma verdade que perdura - Chave de uma vida consistente ao redor das pequenas coisas - pés descalços sobre o mar e o silêncio do mundo a agitar-me os sentidos. Sopros de lucidez à mão de semear e nos entortados rabiscos mãos de um corpo arrastado pelas pedras da memória em sobressalto onde aconchegado naufrago nos umbrais como um menino pequenino à procura dos sonhados seios suaves e quentes repletos de colo - bússola da vida a desfolhar-me demasiadas certezas - eu sei, como diz o poeta e a sua grande Pessoa “ tudo vale a pena se a alma não é pequena”. </span><br /><span style="font-family:Arial;"><div align="left"><br />Zé Afonso</span></div>Zé Afonsohttp://www.blogger.com/profile/16289702677140855727noreply@blogger.com7tag:blogger.com,1999:blog-8190097148588693156.post-48774470149346661262010-11-27T14:33:00.005+00:002010-11-27T19:29:16.790+00:00<div align="center"><a href="http://1.bp.blogspot.com/_SC4a7fZpkPk/TPEX9OGhuUI/AAAAAAAAAgg/uGovniUn1t4/s1600/mar.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; DISPLAY: block; HEIGHT: 240px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5544238956794722626" border="0" alt="" src="http://1.bp.blogspot.com/_SC4a7fZpkPk/TPEX9OGhuUI/AAAAAAAAAgg/uGovniUn1t4/s320/mar.jpg" /></a><span style="font-family:arial;">As incontáveis horas passando com a deriva<br />atenta das monções<br />serás tu a estrela da tarde que o luar amanhece?<br />Quem sabe a lua perfeita?<br />Ou então um sol radiante, que ilumina e aquece?<br />Ai o sol! Esse vai declinando no meu dia.<br />Visto me e pareço nu, </span><br /><div align="center"><span style="font-family:arial;">sorrio mas é só uma farsa do meu corpo desatento, </span></div><div align="center"><span style="font-family:arial;">alimento me porque me obrigam a cumprir horários…<br />Este meu viver sem norte, sem coordenadas,<br />procura a atenção da rosa dos ventos,<br />para que não se perca no mapa da vida<br />onde as mãos querem ser pássaros e voar até à lua…<br />E mesmo de olhos fechados<br />abrir te ei os braços!<br /><br />Zé Afonso</span></div><div align="center"><span style="font-family:Arial;">(agradecimento à gentileza do José Sousa em me incluir no cenário)</span></div></div>Zé Afonsohttp://www.blogger.com/profile/16289702677140855727noreply@blogger.com7tag:blogger.com,1999:blog-8190097148588693156.post-41197335783072547902010-11-10T23:28:00.006+00:002010-11-10T23:35:27.792+00:00<a href="http://3.bp.blogspot.com/_SC4a7fZpkPk/TNsrcTqQgyI/AAAAAAAAAgQ/u0EsjngHeyc/s1600/131.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; DISPLAY: block; HEIGHT: 212px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5538067932096004898" border="0" alt="" src="http://3.bp.blogspot.com/_SC4a7fZpkPk/TNsrcTqQgyI/AAAAAAAAAgQ/u0EsjngHeyc/s320/131.jpg" /></a><span style="font-family:arial;"></span><br /><span style="font-family:arial;">Manhãs preguiçosas acolhem-me como fios fortes que atravessam e rasgam as esquinas do tempo. Afagos na nuca como anjos de paz na volúpia do vento sem destino. Alegras-me. Acalmas-me. Suavizas-me as noites de memória adormecida. Olho-te de soslaio e sinto-te os dedos como se fossem maçãs de outono, pardais incrédulos que o meu coração abarca, concretos créditos na razão da vida onde te toco os olhos até à sombra no aquário da alma. Reitero, o teu sorriso é o prolongamento da alma ornamentando as horas. Ouço o vento a uivar e espero a visita do sol. </span><br /><br /><div align="left"><span style="font-family:Arial;"></span></div><p align="left"><span style="font-family:Arial;">Zé Afonso</span></p>Zé Afonsohttp://www.blogger.com/profile/16289702677140855727noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-8190097148588693156.post-42284392946708281182010-10-10T23:31:00.004+01:002010-10-10T23:40:15.225+01:00<div align="center"><a href="http://3.bp.blogspot.com/_SC4a7fZpkPk/TLI-58jfx5I/AAAAAAAAAgA/4-zWBA1Vp-s/s1600/130.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; DISPLAY: block; HEIGHT: 282px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5526548857965496210" border="0" alt="" src="http://3.bp.blogspot.com/_SC4a7fZpkPk/TLI-58jfx5I/AAAAAAAAAgA/4-zWBA1Vp-s/s320/130.jpg" /></a><span style="font-family:arial;">invento as minhas dores<br />vagarosas como sombras na infinita teia das verdades<br />desprevenidos pensamentos sobreviventes<br />assaltam-me a memória emaranhada<br />desperto dei-me conta do intruso tempo em rasgos<br />descortinados de lucidez<br />meros golpes da lembrança<br />o mundo cheira-me a casa com flor de laranjeira<br />onde a noite realmente tem asas recosturadas a saliva<br />guardo então as minhas incógnitas ausências<br />e na gaveta das quatro estações da lua<br />renovo as ondas desfeitas e adormeço nas entranhas.<br /><br />Zé Afonso </span></div>Zé Afonsohttp://www.blogger.com/profile/16289702677140855727noreply@blogger.com8tag:blogger.com,1999:blog-8190097148588693156.post-27915885071312594022010-09-19T18:59:00.004+01:002010-09-19T19:06:45.315+01:00<div align="center"><a href="http://3.bp.blogspot.com/_SC4a7fZpkPk/TJZQt3gnXiI/AAAAAAAAAfw/-9AME9Rxo18/s1600/124.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 318px; DISPLAY: block; HEIGHT: 320px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5518687142314204706" border="0" alt="" src="http://3.bp.blogspot.com/_SC4a7fZpkPk/TJZQt3gnXiI/AAAAAAAAAfw/-9AME9Rxo18/s320/124.jpg" /></a> <span style="font-family:arial;">muito longe de mim, mas completamente dentro de ti<br />perco me nas horas insensatas insanas do meu relógio de bolso<br />confunde me o luar do teu olhar<br />travessia deserta que ameniza as dores e desperta lágrimas de risos<br />em amores meramente convencionais perdidos<br />labirintos de oceanos...quem sabe<br />coisas doidas não sei mais<br />lágrimas legítimas de legítimos sorrisos banais no meio da solidão das avenidas<br />talvez murmúrios secretos suaves flutuantes<br />como a brisa no cabelo ou apenas o esguio vaivém da bailarina<br />um embriagado gemido entre os lençóis das quatro paredes<br />pouso rasante da gaivota no mar<br />espelho da persistência em partilhar<br />coisas profundas e tão reais<br /><br />Zé Afonso<br />«foto gentilmente cedida por Rui Costa»</span> </div>Zé Afonsohttp://www.blogger.com/profile/16289702677140855727noreply@blogger.com10tag:blogger.com,1999:blog-8190097148588693156.post-61039599542486504712010-09-15T01:16:00.005+01:002010-09-15T01:34:49.548+01:00<div align="center"><a href="http://2.bp.blogspot.com/_SC4a7fZpkPk/TJARThkd-fI/AAAAAAAAAfg/Bllo4LOGztE/s1600/words.bmp"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 310px; DISPLAY: block; HEIGHT: 320px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5516928570655373810" border="0" alt="" src="http://2.bp.blogspot.com/_SC4a7fZpkPk/TJARThkd-fI/AAAAAAAAAfg/Bllo4LOGztE/s320/words.bmp" /></a><span style="font-family:arial;">arrancas me a alma<br />com risos de palhaço<br />meros semáforos de loucura<br />sedutoras metamorfoses lunares<br />feitiço do corpo em brasa<br />queria<br />queria mesmo mastigar te os beijos<br />lamber te os sorrisos<br />sorver te a alma calma como um pássaro de sol a assaltar janelas<br />gaiolas conscientes de acenos<br />por tudo aquilo que vimos por tudo aquilo que dissemos </span></div><div align="center"><span style="font-family:arial;">e por tudo aquilo que não fizemos<br />refúgios de vidro em doses imperfeitas de juízo<br />páginas despedaçadas a empalidecer sorrisos emprestados dados entre o fumo do cigarro<br />simulacros inventados de quando te beijava à chuva<br />eu um canibal do teu olhar nos estonteantes festivais da vida<br />it´s no game<br />eu sei, viajo nas palavras<br /><br />Zé Afonso</span></div>Zé Afonsohttp://www.blogger.com/profile/16289702677140855727noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-8190097148588693156.post-92167037593157324632010-08-30T01:03:00.003+01:002010-08-30T01:23:54.388+01:00<div align="center"><a href="http://2.bp.blogspot.com/_SC4a7fZpkPk/THr578xiGkI/AAAAAAAAAeA/Kvxsl2dOR78/s1600/123.bmp"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; DISPLAY: block; HEIGHT: 237px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5510991902362704450" border="0" alt="" src="http://2.bp.blogspot.com/_SC4a7fZpkPk/THr578xiGkI/AAAAAAAAAeA/Kvxsl2dOR78/s320/123.bmp" /></a><span style="font-family:arial;">de mãos cruzadas<br />passeio pelo sono das cigarras<br />peças de aconchego neste ventre de ombros estreitos<br />pausadas sombras nas paredes do vislumbre<br />na véspera cativa do sol<br />apenas desejos mansos<br />viagens de pequenas razões<br />volto e anoiteço nos sinais do tempo a reencontrar as palavras<br />para que se desatem os lábios sem contornos<br />apressadamente fecho os olhos num sorriso de tropeços<br />escassa morada de toques<br />como um pássaro de sopro na solidão do céu<br />assalto te a alma com pegadas de abraços e esquivo me a ordenar segredos<br />desdobro-me como uma onda arrastada<br />e desperto para te beijar as mãos </span><br /><span style="font-family:arial;"></span><br /><span style="font-family:arial;">Zé Afonso</span> </div>Zé Afonsohttp://www.blogger.com/profile/16289702677140855727noreply@blogger.com7tag:blogger.com,1999:blog-8190097148588693156.post-82067761082123221362010-08-11T17:54:00.002+01:002010-08-11T18:01:53.164+01:00<div align="center"><a href="http://3.bp.blogspot.com/_SC4a7fZpkPk/TGLWoj5EBmI/AAAAAAAAAdY/ipSZLfIhplw/s1600/seara.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; DISPLAY: block; HEIGHT: 214px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5504197686917858914" border="0" alt="" src="http://3.bp.blogspot.com/_SC4a7fZpkPk/TGLWoj5EBmI/AAAAAAAAAdY/ipSZLfIhplw/s320/seara.jpg" /></a> <span style="font-family:arial;">no relógio do tempo<br />passos incertos<br />certos cegos de noite<br />entre o desejo de ser<br />e a certeza plena de parecer um rio que atravessa a vida<br />na desordem do silêncio<br />pálidas pegadas pelo chão dos sonhos<br />sonolentas vertigens molduras de nós<br />sobre as minhas mãos trémulas<br />transparências de ternura<br />desfolham bússolas em seios nus<br />ultimo caminho arado das searas<br />sementes perdidas de corpos entrelaçados<br />almas pequeninas miúdas e fugazes<br />nem sei se te amo...ainda<br />ou se apenas te (re)invento</span><br /><div align="center"><span style="font-family:arial;"></div></span><br /><div align="center"><span style="font-family:arial;">Zé Afonso<br /></div></span></div>Zé Afonsohttp://www.blogger.com/profile/16289702677140855727noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-8190097148588693156.post-8590447091967634572010-07-27T14:19:00.009+01:002011-06-18T14:08:38.877+01:00<a href="http://4.bp.blogspot.com/_SC4a7fZpkPk/THr3oqZtCpI/AAAAAAAAAdw/MpgI3HDQriU/s1600/manuscritos.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; DISPLAY: block; HEIGHT: 201px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5510989371990149778" border="0" alt="" src="http://4.bp.blogspot.com/_SC4a7fZpkPk/THr3oqZtCpI/AAAAAAAAAdw/MpgI3HDQriU/s320/manuscritos.jpg" /></a><span style="font-family:arial;">Preguiçoso por destino vagueio por entre as dunas da alma a ocultar páginas. Mundos de ontem tão visíveis nos dias do agora embalado presente. Movido a respiração entrecortada desenho palavras desconectadas, mas sérias. Palavras profundas que nos roubam os sentidos como asas de borboletas em pleno voo para a liberdade. Em corpos despidos vislumbro meros transeuntes nos longos caminhos da vida como laços de duas pontas: Somos realmente tão vulneráveis nesta aldeia do conhecimento! Aflito, penetrei na penumbra requintada dos lamentos, corredores no meu encalço. Nem tive coragem de olhar para trás. Todavia quando fecho os olhos, o silêncio atropela-me os dias nos dedos encarquilhados curiosos e sem qualquer propósito. Guardo os manuscritos na gaveta e invento sonhos como quem calibra os pulmões no recanto do quarto.</span><br /><br /><br /><div align="left"><span style="font-family:arial;">Zé Afonso</span></div>Zé Afonsohttp://www.blogger.com/profile/16289702677140855727noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-8190097148588693156.post-75221884053977617022010-07-16T14:21:00.008+01:002010-08-30T01:17:09.848+01:00<a href="http://1.bp.blogspot.com/_SC4a7fZpkPk/THr4WSe7jtI/AAAAAAAAAd4/DfWwgMCFnT4/s1600/caminho.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 240px; DISPLAY: block; HEIGHT: 320px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5510990155843604178" border="0" alt="" src="http://1.bp.blogspot.com/_SC4a7fZpkPk/THr4WSe7jtI/AAAAAAAAAd4/DfWwgMCFnT4/s320/caminho.jpg" /></a> <span style="font-family:arial;">Sou eu o senhor das noites. Senhor dos desenhos mentais. Senhor do barulho das cigarras em noites quentes de verão. Atravesso a vida a contar os fios que equilibram a minha existência, os sorrisos que perduram momentos, visões claras dos meus passos incertos. Certo, apanho pássaros com olhares filtrando abismos. Apanho no ar murmúrios cheio de tempo, moinhos velhos que entornam vidas em dedos inquietos. Somos aquilo que somos. E nada mais. Versões inverosímeis arranhadas imperfeitas de realidade no movimento das estações. Vivemos dos rastos que deixamos no caminho, afagos nos lábios, anjos de paz nas almas em fúria. Vestígios concretos, palpáveis de vida. Toco os olhos na sombra, todo o espaço que o meu coração abarca. Agora. Eis a corda mágica na razão da vida de letras ao acaso. Isso mesmo, puras, singelas e displicentes letras ao vento como copos entornados. Nada é consistente. Nada é para sempre. Tudo é tortuoso nas narrativas do tempo. A maior liberdade do mundo é ter alma. Alma e coração, para amar ou para morrer de amor. Hoje, cego de gestos, destapei a cortina da vida no nó dos dedos. Jogos obscenos, embriagados de palavras. A vida serve-se assim. Crua e nua, em minutos bem vividos, de janela aberta e sorrisos à espreita.<br /><br />Zé Afonso</span>Zé Afonsohttp://www.blogger.com/profile/16289702677140855727noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-8190097148588693156.post-12300497489112100142010-06-16T23:38:00.005+01:002010-06-17T16:21:57.581+01:00<div align="center"><a href="http://2.bp.blogspot.com/_SC4a7fZpkPk/TBlSlSr1v6I/AAAAAAAAAaY/wIffb3l00Uo/s1600/barcos.bmp"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; DISPLAY: block; HEIGHT: 195px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5483504821924642722" border="0" alt="" src="http://2.bp.blogspot.com/_SC4a7fZpkPk/TBlSlSr1v6I/AAAAAAAAAaY/wIffb3l00Uo/s320/barcos.bmp" /></a> Eis me aqui com as mãos cheias de vento<br />marcas que deixo no caminho<br />irracional prazer de escrever para ti<br />folhas no silêncio da alma<br />suaves lembranças nas retinas do olhar<br />mel de estrelas flores sorrisos rumo ao paraíso<br />Sussurro paredes à tua procura<br />ser desvairado em completo abandono<br />chuva de palavras em papéis amarrotados<br />e esquecido de mim<br />esperei por ti com girassóis nos olhos<br />inquietos acenos sem nexo<br />onde alinhavo mãos acesas de mar<br />eis me aqui, preso à tua colmeia<br />na aliviada marca das horas sem tempo<br />oh, como queria beijar te os olhos<br />e cada ansiado respirar<br /><br /></div><div align="center"></div><div align="center"> </div><div align="center">Zé Afonso</div>Zé Afonsohttp://www.blogger.com/profile/16289702677140855727noreply@blogger.com12tag:blogger.com,1999:blog-8190097148588693156.post-72698455136982690742010-01-23T01:19:00.003+00:002010-01-23T01:22:09.441+00:00<div align="center"><a href="http://2.bp.blogspot.com/_SC4a7fZpkPk/S1pO3PZdzaI/AAAAAAAAAYA/x7ZtUKrBplY/s1600-h/lua.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; DISPLAY: block; HEIGHT: 256px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5429739011681668514" border="0" alt="" src="http://2.bp.blogspot.com/_SC4a7fZpkPk/S1pO3PZdzaI/AAAAAAAAAYA/x7ZtUKrBplY/s320/lua.jpg" /></a> <span style="font-family:arial;">Ali,<br />onde encerramos os mistérios,<br />a água fustiga as pedras<br />e nas margens do rio<br />o teu rosto<br />assombra-me a memória<br />da noite escura<br />como ternura de carícias.<br />Vejo me obcecado<br />pelos teus segredos,<br />mas por mera solenidade<br />olho-te apenas os olhos<br />embora quisesse entrar em ti<br />crivar-te os dentes<br />e apoderar-me da tua alma<br />sentidos tronco e membros.<br />Olhar-te e beijar-te a<br />sombra desse teu corpo<br />rumo que me mata.<br />Ali,<br />ali mesmo onde o vento<br />conhece o seu destino,<br />mas as marés desconhecem o seu rumo.<br /><br />Zé Afonso</span></div>Zé Afonsohttp://www.blogger.com/profile/16289702677140855727noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-8190097148588693156.post-32434512867825899352010-01-14T02:13:00.000+00:002010-01-14T02:14:48.837+00:00<a href="http://3.bp.blogspot.com/_SC4a7fZpkPk/S059-SIlCaI/AAAAAAAAAXk/jmU-WP_1YRg/s1600-h/moonlight1.JPG"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 390px; DISPLAY: block; HEIGHT: 400px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5426413110001207714" border="0" alt="" src="http://3.bp.blogspot.com/_SC4a7fZpkPk/S059-SIlCaI/AAAAAAAAAXk/jmU-WP_1YRg/s400/moonlight1.JPG" /></a><br /><div></div>Zé Afonsohttp://www.blogger.com/profile/16289702677140855727noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-8190097148588693156.post-56437065717459331302009-11-22T22:12:00.005+00:002011-06-18T14:15:18.162+01:00<div align="center"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 200px; DISPLAY: block; HEIGHT: 179px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5407054802738741698" border="0" alt="" src="http://1.bp.blogspot.com/_SC4a7fZpkPk/Swm3sf5QAcI/AAAAAAAAAWM/Kx_dEz8eWqI/s200/encontro.jpg" /> <span style="font-family:arial;">por princípio<br />tenho o vicio de sentir<br />o quintal de estrelas<br />a desabar no abismo dos sentidos em flor<br />sempre de novo,<br />encaixe intenso dos corpos que se encontram<br />e batem palmas quando riem<br />em palavras trancadas na garganta<br />risonho rastejar de olhos<br />os teus nos meus</span></div><br /><div align="center"><br /><span style="font-family:arial;">Zé Afonso</span> </div>Zé Afonsohttp://www.blogger.com/profile/16289702677140855727noreply@blogger.com3